sábado, 30 de março de 2013

Internet e Educação - O internetês como variação linguística



Esse realmente foi o tema mais abordado durante a disciplina devido à importância e propagação que apresenta, sobretudo na atualidade. A responsabilidade dos colegas que apresentaram foi grande, mas deu tudo certo!
 
Como eu sei que essa temática é bastante ampla, sinalizei (desde o título) o recorte que iria fazer. Na verdade, durante o seminário essa ideia não foi apresentada. A nossa professora contribuiu bastante ao final da apresentação dos colegas trazendo essa questão. Por que isso é tão representativo (principalmente para mim)? Porque quando se fala do uso da internet no espaço escolar há um discurso errôneo de que a linguagem utilizada na internet atrapalha o desenvolvimento do aluno na modalidade escrita da língua. O que na verdade não tem ligação alguma. O cerne do problema está na falta de discussão em sala sobre VARIAÇÃO LINGUÍSTICA! O chamado internetês não passa de uma variedade da língua, a qual apresenta um aspecto inegável da mesma: a economia linguística (tendência a se reduzir). Pensar na língua como uma roupa que deve ser usada de acordo com as ocasiões é uma ideia simples e compreensível, mas a escola e uma parte da sociedade não têm interesse algum de apresentar isso na sala de aula. Na verdade, isso é uma questão muito mais política que linguística!
 
Indico que todos envolvidos na/com a educação compreendam essas questões linguísticas. Um estudioso (fantástico, por sinal) que traz ideias interessantíssimas acerca disso é Marcos Bagno. Sugestão? Fiquem atentos ao que esse cara diz e tem a dizer! https://www.youtube.com/watch?v=nJdhjGnnXwY
 
 
Essa temática me atinge diretamente, pois sou estudante de Letras Vernáculas. A desconstrução dos discursos tradicionais (tanto para língua quanto para o uso de tecnologias) é uma tarefa árdua, mas farei parte desse processo!
 
No mais, é isso!

TV e Vídeo e Educação

 
Eu e minha colega, Gabriela, apresentamos esse assunto. Pensem na dificuldade de se fazer um recorte com esse tema! Ficamos loucas, pois queríamos falar sobre TUDO! Rs! Imaginem agora o meu trabalho árduo de selecionar ainda mais para vocês que não fazem parte da turma (aos colegas, dispenso esse recado, pois a discussão foi boa demais, haha!).
 
Assim como o outro grupo, iniciamos com a história da TV no mundo e depois nos detemos ao contexto brasileiro.
 
O que eu quero realmente pontuar aqui é a questão do uso do vídeo em sala. Para isso, utilizo-me das críticas feitas por MORAN (1995):

USOS INADEQUADOS EM AULA

Vídeo-tapa buraco: colocar vídeo quando há um problema inesperado, como ausência do professor. Usar este expediente eventualmente pode ser útil, mas se for feito com frequência, desvaloriza o uso do vídeo e o associa -na cabeça do aluno- a não ter aula.

Vídeo-enrolação: exibir um vídeo sem muita ligação com a matéria. O aluno percebe que o vídeo é usado como forma de camuflar a aula. Pode concordar na hora, mas discorda do seu mau uso.

Vídeo-deslumbramento: O professor que acaba de descobrir o uso do vídeo costuma empolgar-se e passa vídeo em todas as aulas, esquecendo outras dinâmicas mais pertinentes. O uso exagerado do vídeo diminui a sua eficácia e empobrece as aulas.

Vídeo-perfeição: Existem professores que questionam todos os vídeos possíveis porque possuem defeitos de informação ou estéticos. Os vídeos que apresentam conceitos problemáticos podem ser usados para descobri-los,junto com os alunos, e questioná-los.

Só vídeo: não é satisfatório didaticamente exibir o vídeo sem discuti-lo, sem integrá-lo com o assunto de aula, sem voltar e mostrar alguns momentos mais importantes.

Eu tenho CERTEZA de que você, como aluno, se identificou com algum desses usos (ou por mais de um). O autor retrata essa questão em 1995 e ainda hoje vemos esse mesmo modelo. Agora, como professores ou interessados no âmbito educacional, devemos mudar essa perspectiva! Moran (1995), em seguida, traz alguns usos que acredita ser mais eficaz:

PROPOSTAS DE UTILIZAÇÃO

Vídeo como SENSIBILIZAÇÃO
É, do meu ponto de vista, ouso mais importante na escola. Um bom vídeo é interessantíssimo para introduzir um novo assunto, para despertar a curiosidade, a motivação para novos temas. Isso facilitará o desejo de pesquisa nos alunos para aprofundar o assunto do vídeo e da matéria.

Vídeo como ILUSTRAÇÃO
O vídeo muitas vezes ajuda a mostrar o que se fala em aula, a compor cenários desconhecidos dos alunos. Por exemplo, um vídeo que exemplifica como eram os romanos na época de Julio César ou Nero, mesmo que não seja totalmente fiel, ajuda a situar os alunos no tempo histórico. Um vídeo traz para a sala de aula realidades distantes dos alunos, como por exemplo a Amazônia ou a África. A vida se aproxima da escola através do vídeo.

Vídeo como SIMULAÇÃO
É uma ilustração mais sofisticada. O vídeo pode simular experiências de química que seriam perigosas em laboratório ou que exigiriam muito tempo e recursos. Um vídeo pode mostrar o crescimento acelerado de uma planta, de uma árvore -da semente até a maturidade- em poucos segundos

Vídeo como CONTEÚDO DE ENSINO
Vídeo que mostra determinado assunto, de forma direta ou indireta. De forma direta, quando informa sobre um tema específico orientando a sua interpretação. De forma indireta, quando mostra um tema, permitindo abordagens múltiplas, interdisciplinares.

Vídeo como PRODUÇÃO
- Como documentação, registro de eventos, de aulas, de estudos do meio, de experiências, de entrevistas, depoimentos. Isto facilita o trabalho do professor, dos alunos e dos futuros alunos. O professor deve poder documentar o que é mais importante para o seu trabalho, ter o seu próprio material de vídeo assim como tem os seus livros e apostilas para preparar as suas aulas. O professor estará atento para gravar o material audiovisual mais utilizado, para não depender sempre do empréstimo ou aluguel dos mesmos programas.

- Como intervenção: interferir, modificar um determinado programa, um material audiovisual, acrescentando uma nova trilha sonora ou editando o material de forma compacta ou introduzindo novas cenas com novos significados. O professor precisa perder o medo, o respeito ao vídeo assim como ele interfere num texto escrito, modificando-o, acrescentando novos dados, novas interpretações, contextos mais próximos do aluno.

- Vídeo como expressão, como nova forma de comunicação, adaptada à sensibilidade principalmente das crianças e dos jovens. As crianças adoram fazer vídeo e a escola precisa incentivar o máximo possível a produção de pesquisas em vídeo pelos alunos. A produção em vídeo tem uma dimensão moderna, lúdica. Moderna, como um meio contemporâneo, novo e que integra linguagens. Lúdica, pela miniaturização da câmera, que permite brincar com a realidade, levá-la junto para qualquer lugar. Filmar é uma das experiências mais envolventes tanto para as crianças como para os adultos. Os alunos podem ser incentivados a produzir dentro de uma determinada matéria, ou dentro de um trabalho interdisciplinar. E também produzir programas informativos, feitos por eles mesmos e colocá-los em lugares visíveis dentro da escola e em horários onde muitas crianças possam assisti-los.

Vídeo como AVALIAÇÃO
Dos alunos, do professor, do processo.

Vídeo ESPELHO
Vejo-me na tela para poder compreender-me, para descobrir meu corpo, meus gestos, meus cacoetes. Vídeo-espelho para análise do grupo e dos papéis de cada um, para acompanhar o comportamento de cada um, do ponto de vista participativo, para incentivar os mais retraídos e pedir aos que falam muito para darem mais espaço aos colegas.
O vídeo-espelho é de grande utilidade para o professor se ver, examinar sua comunicação com os alunos, suas qualidades e defeitos.

Vídeo como INTEGRAÇÃO/SUPORTE
De outras mídias.
- Vídeo como suporte da televisão e do cinema. Gravar em vídeo programas.
importantes da televisão para utilização em aula. Alugar ou comprar filmes de longa metragem, documentários para ampliar o conhecimento de cinema, iniciar os alunos na linguagem audiovisual.
- Vídeo interagindo com outras mídias como o computador, o CD-ROM,  com os videogames, com a Internet.

Para finalizar, indico que vocês assistam o vídeo a seguir, o qual aborda alguns aspectos discutidos no seminário:

Rádio e Educação

 
Bom dia, pessoal. Desculpem-me os atrasos nas postagens, mas o semestre está acabando e é uma loucura só. No momento que trago informações acerca desse universo da Educação e Tecnologias, a minha escrita tem de ser atenta e dedicada (nada de pressa), portanto, hoje começo uma das séries de postagens interessantes sobre temas mais interessantes ainda. Vamos nessa!
 
Como indico no título, o assunto é Rádio e Educação. Durante o curso fomos divididos em grupos para apresentarmos algumas temáticas. No tema Rádio e Educação, por exemplo, minhas colegas trouxeram uma "chuva de informações" (dede o surgimento até o uso nas escolas). Difícil é fazer uma seleção de tudo que fora apresentado, mas vou tentar.
 
Por que usar a Rádio na escola?
 
A importância do uso da Rádio na escola por parte dos alunos é inegável. O ambiente escolar, por mais contraditório que isso seja, não dá espaço suficiente para os alunos se expressarem NATURALMENTE. A perspectiva adotada por grande parte das escolas segue um viés mais tradicional e, consequentemente, visa um controle desse corpo discente. Nesse contexto, surge a Rádio, ambiente pelo qual os estudantes têm a sua voz ampliada. Acredito que ser representado, a depender das situações, pode ser bom. Contudo, se representar é muito mais significativo. Falta ainda nas escolas a liberdade para esses jovens. O uso da rádio traz, desta forma, um benefício. Confiram esse vídeo e compreendam a ideia!
 
 
É isso aí! xD

terça-feira, 19 de março de 2013

Inclusão digital?

Antes de mais nada, devemos problematizar o termo inclusão para então adotarmos um posicionamento acerca de uma questão tão inquietante quanto essa. Faço assim uma associação da palavra inclusão com a ideia de letramento, consequentemente, em oposição à alfabetização. O termo inclusão deve ser entendido não como inserção, pois o indivíduo, querendo ou não, já está inserido em uma sociedade que faz uso das tecnologias. Nesse sentido, a inclusão relaciona-se ao processo de apropriação das TICs por esse indivíduo. A inclusão digital permitirá que o sujeito possua o conhecimento necessário para usar de maneira eficiente as tecnologias para seu próprio benefício. Assim como a ideia de letramento, a inclusão está interligada com o uso social e não a uma mera codificação (alfabetização). Não adianta distribuir, por exemplo, as tecnologias pelas escolas sem que haja uma orientação em relação aos aspectos importantes, tais como: a contribuição do uso dessas tecnologias, processos facilitadores, a eficácia da construção de materiais conjuntamente, interatividade, etc. O ensino tradicional não cabe mais em sala a partir do momento que os alunos se apropriam de fato das tecnologias. O professor não assume mais o papel de "transmissor" de conhecimento, mas de de mediador. Por isso é tão importante que a formação docente tenha uma atenção maior para essa situação.

terça-feira, 5 de março de 2013

Software Livre


A discussão da última aula foi realmente MUITO RICA! Foram tantas novidades para mim que nem sei o que expor ao certo, mas já adianto uma coisa ... esse assunto dá panos para manga! O tema da aula foi Software Livre. O que eu sabia a respeito? Nada! E até para aqueles que já tinham alguma ideia, tenho certeza que as informações (mais aprofundadas) os surpreenderam. Então, vamos lá! Disponho nesse espaço aspectos importantes sobre essa temática:
Diferentemente do sofware proprietário (o qual estamos mais familiarizados), o software livre disponibiliza o código fonte. Qua importância isso tem? TODA! Ao disponibilizar o código fonte o indíviduo deixa de ser um mero usuário e passa a ser um sujeito capaz de interagir com o programa. Essa interação é tamanha, a ponto de, se necessário, o indivíduo melhorar o software. Para isso, é claro, a pessoa deve ter o domínio da linguagem de computação. Um dos destaques sobre esse tema são suas quatro propriedades, conhecidas como as quatro liberdades:

1ª Liberdade de uso para qualquer finalidade
2ª Liberdade de estudar o software completamente
3ª Liberdade de alterar e melhorar o software
4ª Liberdade de redistribuir as alterações feitas.

Para que saber disso? Simples! Se um desses princípios for ferido, não se tratará mais de um software livre! Além do  mais, essas liberdades deixam claro a relação de cooperação e disseminação do conhecimento sem seguir a ábsurda lógica de mercado como a do software proprietário, no qual você é refém de imposições e restrições! No software livre, os aplicativos são mais seguros e estáveis, há uma real oportunidade de desvolvimento e aprendizagem, um maior cunho social e econômico (maior inclusão digital). A implemetação de software livre representa um grande incentivo à tecnologia nacional e, consequentemente, à independência tecnológica brasileira! Caso eu não tenha esclarecido ainda sobre essa situação, compartilho um vídeo excelente que aborda a temática de forma simples.


Mais tarde, nova postagem! rs

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Que distância é essa?


Antes de atearem fogo no modelo educacional do Ensino à Distância, saibam que essa ideia se faz presente na nossa sociedade já faz tempo. Vocês já ouviram falar no curso por correspondência? Ou cursos pela rádio? Com certeza você sabe da existência do curso pela televisão ou você nunca acordou cedo ouvindo a chamada do Telecurso? A educação é por si mesma uma área polêmica, imagine quando se falam em um Ensino à Distância? Antes de posições radicais e não fundamentadas, vamos relativizar essa noção de distância! O que é distância na rede? Será que ela existe? Por isso, a charge acima se mostra tão relevante. "Não há distância na rede, estamos conectados!"
LÉVY (1999, p.170) afirma: "a distinção entre ensino 'presencial' e ensino 'a distância' será cada vez menos pertinente, já que o uso das redes de teecomunicação e dos suportes multimídia interativos vem sendo progressivamente integrados às formas mais clássicas de ensino".

 


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Interconexão na cibercultura

Na aula de hoje discutimos vários fatores da cibercultura, mas o que me chamou mais atenção foi a condição necessária (porém não suficiente) para que ela se estabeleça: a interconexão. A possibilidade de trocas e a disponibilidade na rede, não mais de um para o outro, por uma coletividade é fascinante! Acredito que essa é a imagem que mais se assemelha com o universo, pois estamos todos, de alguma forma, interligados.

Cibercultura e Educação

 
Um fenômeno de proporções gigantescas que já faz parte da nossa sociedade, essa é a cibercultura. Nós, como profissionais da educação temos de estar interados sobre esse novo meio no qual as nossas crianças (nativos digitais) estão inseridas. Chega de preconceito e equívocos. A cibercultura é reflexo da nova configuração social!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

As nossas Marias


          Gente, na minha última reunião do projeto que faço parte (Linguagem e Educação), conheci um vídeo tão simples, mas que retrata perfeitamente a situação que se encontra a educação (na verdade, um aspecto dela) no nosso país. Enquanto discutimos sobre a importância das novas tecnologias nas nossa vidas, sobretudo no nosso foco de interesse (educação), há um número significativo de pessoas que mal sabem ler e escrever. O nosso atraso é um fato inegável, mas é preciso acabar com esse ciclo de ignorância. Vida Maria é um vídeo forte e que nos provoca uma série de inquietações. Assistam e se inquietam também!
Abraços!

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Edição de imagens

Hoje conheci um programa de edição de imagem, o GIMP . Vale salientar que essa foi minha primeira experiência, então relevem o meu "feito", certo? Assumo que estou longe de ser uma especialista em edições, mas pelo pouco que vi no programa, eu super recomendo. Além de ser uma terapia (pelo menos para mim), podemos fazer coisas incríveis. Um outro programa bem legal e que também foi apresentado na aula de hoje foi o Tux Paint, ainda mais simples que o GIMP. Com tantas opções disponíveis, dá para levar um material interessante para sala de aula. Fica então a dica!